Como os pais devem preparar seus filhos para a anestesia e a cirurgia?

Do Departamento de Anestesia e Reanimação do Hospital Memorial Uz. Dr. Serap Tekin deu informações sobre como as famílias cujos filhos serão submetidos à cirurgia devem preparar seus filhos para a cirurgia e a anestesia.

O fato de seu filho ser operado por qualquer motivo é uma situação que cria ansiedade e tensão talvez mais para os pais do que para a criança. Portanto, o processo é um teste sério para os pais. Porque são eles que devem preparar a criança primeiro para este processo. As informações que dão aos filhos durante a preparação para a cirurgia, as sugestões que fazem e os efeitos que refletem são os determinantes primários de como a criança passará por esse processo e suas consequências.

Que questões preocupam as famílias das crianças que mais receberão anestesia?

Embora fazer anestesia e cirurgia possa ser assustador até para um adulto, a idéia de que seus filhos serão anestesiados por qualquer motivo preocupa muito os pais. As perguntas mais frequentes aos médicos são: “Meu filho é muito pequeno, será que seu corpo conseguirá aguentar a anestesia?” Ou “A anestesia prejudicará o cérebro ou o desenvolvimento da criança?”. As famílias devem se sentir confortáveis ​​com isso: os medicamentos anestésicos não têm mais efeitos colaterais do que os antibióticos ou antipiréticos que administram quando seus filhos estão doentes. Também não há informações médicas comprovadas de que isso possa ser prejudicial ao desenvolvimento mental ou físico da criança. Se for necessário para a saúde da criança, aplicamos a anestesia várias vezes seguidas sem encontrar nenhum problema.

Como as famílias devem preparar seus filhos para a cirurgia e a anestesia?

Os pais que desejam preparar seus filhos para a cirurgia da maneira mais precisa devem primeiro compreender o procedimento e o que acontecerá depois, e compartilhar as dúvidas que têm com os cirurgiões e anestesiologistas. É extremamente importante para eles serem capazes de persuadir seus filhos a se libertarem de suas próprias preocupações e medos, tanto quanto possível. As famílias não devem esquecer isso; Os filhos sentem a ansiedade dos pais em seus rostos, vozes e ações, e essa ansiedade também os deixa inquietos. A primeira tarefa dos pais é ter uma abordagem confortável, segura e consistente para seus filhos, tanto no período de recuperação pré e pós-operatória e estabelecer uma comunicação reconfortante e tranquilizadora com eles.

A família deve dizer ao filho que ele fará uma cirurgia

Uma situação que muitas vezes vivenciamos com as famílias é que elas não contam aos filhos que serão operados e os enganam, fazendo-os dizer 'só será feito um filme' ou 'será feito um exame'. Tal comportamento prejudica gravemente a confiança da criança em sua família, causa mais ansiedade porque ela não entende totalmente o que vai acontecer com ela e pode causar sérias inquietações e agitação ao acordar da anestesia. As crianças são muito mais espertas do que pensamos e podem se sentir muito confortáveis ​​quando algo está acontecendo ao seu redor. No entanto, o comportamento correto não é dizer à criança que ela fará a cirurgia, mas dizer a ela que a cirurgia não é algo para se temer. Explique passo a passo o processo para a criança, se necessário, peça ajuda a médicos nesse sentido,É preciso saber explicar a ele que o procedimento a ser realizado é um procedimento necessário e absolutamente nada assustador para que a criança seja mais saudável.

As crianças também devem estar fisicamente preparadas para a cirurgia

Existem duas condições físicas importantes exigidas antes da anestesia; A primeira é que o estômago está vazio, a segunda é que não há doença infecciosa que reduza a resistência do corpo. O jejum pré-operatório é uma questão que deve ser dada atenção, principalmente em crianças. O período de jejum é considerado 3 horas para recém-nascidos, 4 horas para bebês de 1 a 6 meses e pelo menos 6 horas para crianças com mais de 6 meses. O motivo pelo qual enfatizamos insistentemente que os pacientes que receberão anestesia devem estar com os estômagos vazios é uma precaução para garantir que nossos pacientes recebam uma anestesia segura e sem riscos. Como os reflexos de proteção da criança serão suprimidos devido aos medicamentos administrados ao paciente durante a anestesia, existe a possibilidade de que o conteúdo do estômago vaze para os pulmões e cause sérios problemas pulmonares no pós-operatório.Como as crianças não conseguem entender sua importância, elas podem quebrar a regra da fome, então a família tem responsabilidades importantes a esse respeito. Outra questão importante é que as crianças que vão receber anestesia não têm doenças microbianas no momento. Como as doenças microbianas reduzem a resistência corporal e deterioram o estado geral da criança, preferimos adiar a cirurgia para um período após a recuperação - se não for muito urgente.

Reunião com o anestesiologista e preparações finais antes da cirurgia

Antes da operação, o anestesiologista definitivamente atende a criança que será operada, examina e conversa com a família. O objetivo desta reunião é realizar uma avaliação médica física da criança e informar a família sobre o processo. O exame da criança é feito sem incomodá-la tanto quanto possível, se a criança brincar com brinquedos na brinquedoteca, faremos o exame lá sem atrapalhar sua brincadeira. Nossa expectativa ao se encontrar com a família é que os pais possam responder a todas as perguntas que fazemos sobre seus filhos de forma precisa e completa e que possam compartilhar facilmente tudo o que tem curiosidade.

Uma questão que preocupa muito as famílias é que seus filhos estarão sujeitos a muito estresse quando saírem e forem para a sala de cirurgia. O fato de que a separação dos pais pode ser superada facilmente sem causar traumas ao filho é um assunto ao qual atribuímos grande importância. Para isso, fazemos com que as crianças bebam um xarope relaxante e calmante no serviço antes de irem para a sala de cirurgia. Esse xarope não só vai aliviar o seu filho, mas também a sensação de ansiedade causada por deixar os pais e ser levada sozinha para a sala de cirurgia não será lembrada pela criança, pois também causa amnésia.

Após o exame, se a criança tiver idade para se comunicar, pedimos que ela diga como aplicar a anestesia e escolha uma das opções. As crianças decidem se querem dormir soprando um balão ou uma pequena agulha e, quando tomam essa decisão, são muito corajosas e calmas na sala de cirurgia.

Se a criança precisar de cirurgia para recuperar a saúde, será possível superar esse processo da forma mais livre de estresse e de problemas possível, e não temer o hospital após vivenciar a cirurgia como uma experiência traumática, com o esforço conjunto e a cooperação de familiares e médicos.